Se me tiras o fôlego
com a tua respiração
Se me deixas tonto,
me fazes perder a direção
Se me encontras trôpego
na esquina da Paulista com a Consolação
Sabes, então, que fui feliz.
Sem querer, sem saber, sem noção.
Se me tiras o fôlego
com a tua respiração
Se me deixas tonto,
me fazes perder a direção
Se me encontras trôpego
na esquina da Paulista com a Consolação
Sabes, então, que fui feliz.
Sem querer, sem saber, sem noção.
Quando chegará a nau?
Nunca saberei, não
Pois navega em mar aberto,
Mar aberto,
Imensidão.
Talvez chegue no verão,
com a nau em frágil estado
cansado, exaurido, exausto;
Mas saberá que nada foi em vão.
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Se espera estar de volta antes da primavera,
põe teu barco a todo vapor,
e navega
noite e dia, em sentinela.
Já te assola a fome e a sede,
mas já se vê a terra firme,
a brancura da areia e a grama verde.
Vê, teu destino vive.
Se te toco
uma música,
a vibração de nossos corpos
ditam a melodia
E ouço,
através de seu arrepio,
o tom de cada nota
em sintonia.